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Jogos para Qualidade de Vida
Sementes, Flores e Frutos para uma Vida Melhor.


"Este órgão extraordinário dá às pessoas a capacidade, talvez única no mudo vivo de refletir sobre suas inclinações e decidir, se preferir, agir contrariamente a elas." (Barash & Limpton, 2007 "


N

1. Introdução

os primeiros anos de nossas vidas, ainda crianças, não nos ocupávamos  com a construção de teorias para poder viver: simplesmente modificávamos nossos comportamentos de acordo com as consequências dos nossos atos. Não percebíamos, no entanto, que nós preservávamos os atos bem sucedidos e descartávamos aqueles  que resultavam em fracassos, e assim fazíamos com que eles desaparecessem do nosso repertório de respostas.
Segundo Jean Piaget (1896-1980), por volta dos três anos de idade, começamos a buscar a verdade, ao invés de tentar agir primeiro para depois descobrir se “dá certo” ou “dá errado”. Nesse momento, começamos a realizar nossas tentativas de compreender o ambiente em que vivemos, no lugar de simplesmente intervir nele.
No período prepsicológico da sua obra, Jean Piaget  estudou Filosofia, Religião, Biologia e Sociologia. A partir das déias de alguns filósofos – Bergson principalmente – convenceu-se de que a biologia poderia dar sua contribuição para o problema epistemológico, isto é, para o problema do conhecimento.
Encontrou na Psicologia do Desenvolvimento o amálgama necessário para produzir uma série de trabalhos sobre Epistemologia Genética. (Piaget, 1950a). Depois, começou a acreditar que todo pensamento seria, em sua essência, uma ação interiorizada, de onde se conclui que a organização da ação explícita e a do pensamento interiorizado poderiam  ser caracterizados de uma mesma maneira; poderiam estar num mesmo continuum. (Piaget, 1949b) e também que as ações externas e os processos de pensamento admitem uma organização lógica  que tem origem numa espécie de organização espontânea das ações. (Piaget, 1954a). Assim, percebeu que as estruturas lógicas poderiam ser usadas para descrever tanto a organização dos atos concretos, motores, como a do “pensamento” simbólico, interiorizado, no sentido convencional, o que lhe deu base para formular  pontos de vista sobre as totalidades e sobre os tipos de equilíbrio: a predominância das partes e consequente deformação do todo, a predominância do todo e consequente deformação das partes e a preservação recíproca do todo e das partes.
Para transitarmos da teoria de Piaget, para a praxis da Psicologia e da Pedagogia, é necessário estabelecer uma ponte. Entendemos que este elo de união poderia ser dado pela Teoria Socionômica  de Jacob Levi Moreno (1889-1974), em particular pela técnica do Psicodrama, pois: (a) trata-se de uma técnica que prioriza a estimulação e / ou o resgate da criatividade e da espontaneidade; (b) prioriza a ação e (c) estimula e desenvolve uma relação íntima entre as pessoas envolvidas.
Na parte  prática – dinâmicas individuais e grupais – utilizamos  a  técnica psicodramática; assim sendo, de agora em diante, denominaremos Diretor o adulto que conduz a atividade e de Ego-auxiliar   o adulto que trabalha junto com o diretor e de Plateia os participantes que, com exceção do protagonista da atividade, assistem o desempenho deste. Para todos os presentes, Diretor e Ego inclusive,  reservamos a denominação Grupo.
Juntamente com os conceitos descritos acima, à luz de Fonseca Fº (1980), que mostrou as correlações entre Martin Buber (1878 - 1965) e Jacob L. Moreno, nos valemos das palavras-princípio “Eu – Tu” e “Eu – Isso”. Por “Outro” entenderemos, daqui para adiante, tudo aquilo que está fora do Eu, nunca perdendo de vista que o “Eu” da palavra-princípio “Eu – Tu” é diferente daquele da palavra princípio “ Eu – Isso”. (Buber,1974)

Assim,  os exercícios que seguem abaixo foram selecionados ou criados pensando naquelas atividades que possam estimular exatamente os  aspectos que, seja por Piaget, seja por Moreno, sabemos resultar numa melhor qualidade da vida das crianças e dos adolescentes, para cada uma das fases do desenvolvimento do ser humano.

Para todos os exercícios:

Em atividades, que são hiperestimulantes, tais como banho ou colocar para dormir, deve-se  procurar realizá-las sempre dentro de um mesmo horário, de forma a que a criança condicione uma expectativa para aquela atividade, sem ansiedades.
Alguns dos exercícios propostos poderão ser feitos conduzidos por um único Diretor – mas, para outros, é necessária a presença do Diretor e do Ego - auxiliar.
Antes de iniciar os exercícios, seria conveniente que o Grupo fizesse exercícios de respiração diafragmática   a título de um aquecimento não específico.antes de iniciar os exercícios, de forma que as pessoas envolvidas estejam minimamente tranquilas para se dedicarem às atividades e delas colherem os melhores frutos.
. Não faça atividades desse tipo quando estiver com pressa ou com horário “apertado”. Não reforçar os comportamentos desordenados ou caóticos, tais como choro ou birra.

Procure, ao longo do desenvolvimento dos exercícios, estimular os sentidos das crianças e compartilhar seus sentimentos, sensações e impressões com alegria. Você perceberá que não só a criança (ou o adolescente) irá ficar alegre mas você também: os comportamentos de alegria como risos ou gritos de satisfação são benéficos para ambos os lados: mestre e discípulo; professor e aluno; pais e filhos!

LEGENDA:
A............... adulto
Ad............. adolescente
C............... criança
P............... protagonista da ação ou da atividade
Dir............ diretor: professor ou pessoa que dirige a atividade
Ego........... outra pessoa adulta que ajuda o protagonista da ação na atividade.
D............... direito ou direita
E............... esquerdo ou esquerda

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Fonte(s):

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Publicado em 10/04/2011. Atualizado em 10/04/2011.

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Para Referir: MAXIMINO, M.R. Jogos para Qualidade de Vida,2011. [on line] disponível na internet http://www.marcosmaximino.psc.br. Acesso em dd/mm/aaaa.

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