Embora o Conhecimento Científico tenha uma clara definição de Qualidade de Vida, para o dia-a-dia das pessoas, podemos dizer que não há uma única ou uma definição categórica para questão.
Então, podemos dizer que qualidade de vida seria uma maneira de pensar para fazermos o nosso dia a dia mais agradável. Poderá ser feito mais agradável abrangendo uma porção de coisas e várias atitudes nossas ao longo do dia.
Podemos ilustrar isto através de uma comparação: Fazer de um limão uma limonada.
Como assim? Um limão é uma fruta azeda, amarga, forte, que para ser ingerido puro seria um “sacrifício” muito grande. Não seria uma impossibilidade, mas uma dificuldade.
Se juntarmos um pouco d’água e um pouco de açúcar ao suco de limão, ele vira uma limonada. Limonada se torna uma bebida gostosa e, se juntarmos um pouquinho de gelo, poderá ficar melhor ainda.
Vamos lá. Um exemplo para fazermos de um limão uma limonada:
OK, parabéns! Vocês compreenderam o conceito.
Então, imaginemos que nós temos uma missão a ser cumprida: Essa missão se chama TRABALHO. Se olharmos por um lado: Poxa, tenho que levantar cedo, tenho que pegar a condução ou pegar um trânsito “engarrafado”, chegando lá tenho que ver isso e aquilo... Poderíamos chamar esta situação de “limão”, certo?
Agora, vamos fazer com este limão uma limonada; vamos olhar por outro lado: Levanto de manhã e penso: Opa, que legal, tenho um trabalho. O trabalho me fornece um rendimento no final do mês. Com esse rendimento eu posso fazer um montão de coisas: comprar um novo carro, um PC, posso comprar uma camisa, posso comprar um vestido, uma bolsa bonita... Posso pagar o colégio do meu filho. Posso pagar o meu cartão de crédito sem pagar juros... E aí por diante...
Que legal...
Agora, adicionando uma “pedra de gelo” na minha limonada para ela ficar melhor ainda... mais gostosa...
Também podemos enxergar da seguinte maneira: no meu trabalho eu posso mostrar que sei fazer isso e aquilo. Fazendo isso e aquilo eu estou “ajudando” alguém...
Fazendo isso e aquilo todos os dias, de repente eu posso me ligar e ver que existe uma maneira melhor e mais fácil de fazer aquela função. Chamo o meu chefe ou o responsável e converso com ele. Trocamos idéias e chegamos à conclusão que aquela sugestão foi boa...
Então, o seu trabalho, a sua função passa a ter uma participação, um “dedo” seu... Olha como isso é interessante. Olha como isso é importante. Sem para para pensar, notei que o limão tem um sabor muito gostoso. Realmente... Nunca tinha sentido esse sabor... Sempre olhava o limão como uma fruta azeda... Um “remédio”... Agora consigo ver o limão como uma fruta prazerosa. Se aquela fruta passou a ser um prazer para mim, passou a ser um “remédio”... Que é isso? Primeiro eu via o limão como “remédio” por ser uma coisa ruim... Agora eu estou vendo o “limão” como uma coisa boa e em sendo uma boa coisa, transformou-se num remédio? Como? Como pode? É isso mesmo? Verdade? É verdade se a limonada que é a soma do limão + água + açúcar + gelo transformou-se numa “coisa boa”, essa coisa boa virou um remédio...
Então, a partir desse dia você passou a olhar o seu trabalho de uma maneira diferenciada. Na primeira maneira que você vivenciava; na segunda, você vive. Existe alguma diferença entre “vivenciar” e “viver”? Sim, existe. Eu diria que vivenciar é o dia a dia meio que despercebido. O viver é ser autor (ou co-autor) do dia a dia visto, vivido e sentido de uma maneira diferente... Inicialmente, quando você via o seu trabalho como um limão, você vivenciava o seu dia a dia. Você acordava, trabalhava, dormia, acordava e a assim por diante.
A partir do momento que você passou a ver o seu trabalho como uma “limonada”, como a soma de uma porção de coisas boas, você passou a viver o seu dia a dia de uma maneira diferente, você passou a produzir o seu dia a dia. Você passou a se “ligar” mais nas coisas que lhe rodeiam, sem deixar que isso prejudique o seu trabalho. Você passou a notar o que lhe rodeie e, com isso, talvez você tenha conseguido ver uma nova situação para melhorar o seu trabalho. Aquela situação que você levou para discutir com seu chefe e que depois de ser “estudada” em conjunto com você, passou a fazer parte do seu dia a dia. Essa situação o ajudou a transformar o seu dia.
Fácil fazer isso? Não, não é fácil... Existe um livro que se você pegar e estudar e decorar tudo e a partir daí você possa a mudar o seu vivenciar para viver? Não, não existe. Existe a soma de uma porção de “livros”. O que eu quis dizer aqui. Eu quis dizer que a soma de uma porção de livros é você estar de “olhos abertos” e girar um pouco a sua cabeça. Não olhar só para frente. Olhar, vez por outra, um pouquinho para a esquerda e depois um pouquinho para a direita. Legal, quanta coisa interessante que eu não via no meu dia a dia...
Essa sua mudança do vivenciar para o viver foi boa só para você? Nós partimos colocando a pergunta em relação ao seu trabalho. Agora, podemos nos perguntar: “- Foi boa só para o seu trabalho?” O viver tem mais coisas que o trabalho. Tem a família, tem o final de semana, os amigos, as comemorações de aniversários, casamentos, cerimônias religiosas, etc. A vida é feita de um “montão” de coisas.
Se nós nos lembramos do nosso limão e da nossa limonada, isso poderá nos ajudar a transformar essa coisa ruim em coisa boa: passaremos de “seres humanos” para “pessoas”, ou seja, fazendo do limão uma limonada, ganhamos dignidade.
Não podemos esquecer que nesse montão de coisas existem também problemas e coisas ruins...Eu vou dizer a vocês um ditado: É um ditado que não sei se é de minha autoria ou se eu vi escrito, algum dia, em algum lugar, ou se vi outra coisa escrita e no fundo deduzi que seria isso. Não quero explorar a atenção de vocês, mas quero que parem um minutinho e pensem nisso. Não precisa decorar não. Depois poderemos anotar. Vamos lá ao ditado
: “Se você se respeita, se respeita o próximo, se respeita a NATUREZA, está direta e indiretamente cumprindo os Dez Mandamentos de qualquer religião e as LEIS de qualquer País civilizado e democrático”.
Publicado em outubro/2009 Atualizado em outubro/2009
Para referir:
Maximino, M.R. in internet,
disponível em www.marcosmaximino.psc.br