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abemos que a velhice não deve ser considerada uma doença, mas a idade acarreta perdas funcionais no indivíduo.
Isto implica na necessidade de uma adequação no seu estilo de vida e novas formas de relacionamento com o meio, seja por parte do idoso, seja por parte dos familiares do idoso; um quadro que pode se agravar ainda mais se o idoso contrair uma doença incurável ou a degeneração natural decorrente da idade implicar na perda da capacidade dos autocuidados básicos.
O envelhecimento “normal”, também chamado “senescência”, inclui eventos “normais”, “naturais”, que ocorrem ao longo de toda a vida: se pensarmos bem, nós começamos a envelhecer no dia seguinte ao nascimento.
Com a qualidade da vida atual(1) isto costuma se tornar mais evidente por volta dos 60 anos de idade.
Esses eventos costumam impor gradualmente declínios funcionais e cognitivos, gerando desequilíbrio na homeostase do organismo e, assim, aumentam a vulnerabilidade do indivíduo para a ocorrência de doenças decorrentes dos desgastes naturais das articulações e das vísceras; perda natural da massa muscular – o que começa a acontecer por volta dos 40 anos de idade –; enrijecimento das veias e artérias; perda da massa cinzenta no córtex cerebral; lenhificação dos movimentos e do raciocínio etc.
“A senescência tem características particulares e, mesmo entre indivíduos da mesma idade, pode haver grandes diferenças nas reservas funcionais: há idosos bem dispostos e em boas condições de saúde; há também idosos cansados e com muitos problemas de saúde. Vários fatores influenciam no quanto vivemos (a expectativa de vida) e em como envelhecemos. Entre eles podemos citar a herança genética, o acesso a tratamento médico e medidas preventivas, a exposição a agentes ambientais e o estilo de vida.” (GRUPO PRÓ IDOSO, 2009).
Nossa idade corporal, isto é, aquela que é determinada pela “jovialidade” e “preservação” do nosso organismo fisiológico, pode ser muito diferente – mais jovem ou mais idosa – que nossa idade cronológica (aquela que é determinada na nossa certidão de nascimento).
Assim, pode ocorrer, entre dois irmãos gêmeos univitelinos mas que tiveram estilos de vida completamente diferentes, que aquele que procurou ter um estilo de vida saudável pode acabar sendo “mais novo” que o outro que teve uma vida completamente desregrada, embora ambos tenham a mesma idade cronológica. O primeiro ainda apresentará mais tardiamente os sinais do envelhecimento que o segundo já apresenta inclusive para o aparecimento das doenças típicas da idade avançada.
“Ser idoso não é uma doença, mas é uma fase da vida caracterizada por diminuição das reservas funcionais e da capacidade do organismo em se adaptar a mudanças bruscas, tornando-o mais susceptível a infecções, quedas, desidratação, efeito colateral de medicamentos, entre outros. O idoso doente tem sinais e sintomas de doença, e deve receber tratamento.” (GRUPO PRÓ IDOSO, 2009)
Quadro 1: doenças mas comuns no envelhecimento
Osteoporose- é a perda anormal de osso, que o torna mais fraco, com maior facilidade
para quebrar, e mais difícil de “colar” (recuperar-se de fraturas);
Hipertensão arterial- a pressão sanguínea não deve aumentar com a idade, mas é
uma doença comum da terceira idade e deve ser acompanhada pelo médico cardiologista
periodicamente;
Diabetes Tipo II (altos níveis de açúcar no sangue que surgem a partir de certa idade)
- também é doença que progride com o avanço da idade;
Acidente vascular cerebral- também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é
uma obstrução súbita da circulação do cérebro; manifesta-se frequentemente pela
perda de força muscular (paralisia) de metade do corpo. A prevenção inclui o tratamento
da hipertensão arterial, do diabetes e do excesso de colesterol;
Demência- popularmente conhecida como esclerose, inclui doenças como a Demência
de Alzheimer e a Demência Vascular, entre outras. Afeta a capacidade de memória,
da fala e da escrita. Nas fases mais avançadas, os doentes esquecem coisas.
importantes tais como comer, ir ao banheiro, o caminho de casa; ocorre dificuldade
em achar as palavras (“como se chama àquilo com o que se come”, para definir garfo),
o nome dos filhos e parentes; podem se tornar agressivos ou apáticos (muito quietos),
e geralmente lembram bem das coisas muito antigas e esquecem as atuais
(lembram-se da infância, mas não se lembram do nome dos filhos). A fase final da
doença é no leito, com incapacidade para se mobilizar, comunicar, alimentar. A demência
de Alzheimer ainda não tem prevenção. A demência vascular é causada por
áreas de ausência de circulação no cérebro, e pode ser prevenida com o bom controle
da pressão, do diabetes, do colesterol, dos excessos de fumo e bebidas alcoólicas.
Câncer de mama- 45% dos casos diagnosticados são em mulheres com mais de 65
anos; por isso são importantes os exames preventivos (como o autoexame e a mamografia)
na terceira idade.
Câncer de próstata- é doença comum no idoso
Câncer de cólon e reto (intestino) são doenças comuns em idosos, principalmente
naqueles com obstipação crônica (intestino preso), consumidores de alimentos pobres
em fibras e fumantes.
Osteoartrose- é um desgaste das articulações, que acomete 70% dos idosos; pode
acometer a coluna, joelhos, quadril e mãos, e a manifestação principal é dor crônica;
não tem cura, mas as complicações podem ser prevenidas com ginásticas de alongamento,
fortalecimento dos músculos e orientação de postura (como andar, dormir,
pegar pesos).
Câncer de pele: muito comum em idosos, principalmente naqueles indivíduos de origem
caucasiana ou de pele clara que ficaram muito expostos ao sol durante a vida;
geralmente é de fácil tratamento, se diagnosticado precocemente;
Catarata: doença na vista, que prejudica a visão, facilmente tratada com cirurgia de
implante de uma lente intraocular que substitui o cristalino.
(cf.GRUPO PRÓ IDOSO, 2009;adaptações e atualizações minhas)
O idoso pode estar triste constantemente e não estar sofrendo de Depressão.
Pode ocorrer que determinada pessoa idosa não esteja deprimida, mas sim constantemente triste.
Seja por falta de companhia, atenção, por impaciência das pessoas em geral ou até mesmo desrespeito ou abandono por parte dos familiares; seja por perceber suas limitações – lentidão em relação aos demais, esquecimentos, dificuldade de compreender um texto ou fazer contas mentalmente – que se impõe progressivamente, um idoso lúcido pode entristecer profundamente com muita frequência.
Para distinguir o cuidador pode procurar dedicar um tempo a mais de atenção; oferecer companhia presencial de fato engajada afetivamente ao idoso.
Quando ausente ou revezando com outro familiar, procure fazer contatos virtuais por teleconferência e também incluir o idoso em um ou mais grupos de aplicativos de redes sociais (dos familiares, dos amigos e do grupo da terceira idade, p. ex.).
Conversando presencialmente, ou virtualmente - procure descobrir o que gosta e tenha paciência para ouvir suas recordações do passado. Indague diretamente se está sofrendo algum tipo de maltrato ou de abandono e perceba não somente sua resposta verbal, mas, principalmente se sua linguagem corporal é coerente com a resposta obtida.
Perdurando a dúvida, entre em contato com um Serviço de Psicologia da sua confiança e peça uma Avaliação Psicológica que contenha pelo menos uma Anamnese baseada no DSM – 5 e aplicação um Teste Psicológico específico para diagnóstico de Transtornos Depressivos (Inventário Beck para Depressão ou similar, por exemplo).
“É um dos transtornos psiquiátricos mais comuns entre as pessoas idosas e sua presença necessita ser avaliada”. As mulheres apresentam prevalências maiores que os homens na proporção de 2:1. Pessoas idosas doentes ou institucionalizadas também apresentam prevalências maiores.
A depressão leve representa a presença de sintomas depressivos frequentemente associados com alto risco de desenvolvimento de depressão Maior [um quadro psiquiátrico que precisa ser tratado com medicamentos denominados “antidepressivos”], doença física, maior procura pelos serviços de saúde e maior consumo de medicamentos.”
É essencial que seja feita a diferença entre tristeza e depressão, uma vez que os sintomas depressivos podem ser mais comuns nessa faixa etária ocorrendo, com frequência, no contexto de desordens médicas e neurológicas.
A presença de depressão entre as pessoas idosas tem impacto negativo em suas vidas. Quanto mais grave o quadro inicial, aliado à não existência de tratamento adequado, pior o prognóstico.
As pessoas idosas com depressão tendem a apresentar maior comprometimento físico, social e funcional afetando sua qualidade de vida.
“Evidências sugerem que é necessário instituir precocemente o tratamento. É fundamental a construção de um projeto terapêutico singular (PTS)2, a partir do Acolhimento e da Avaliação, incluindo diferentes estratégias que possam atender às necessidades dos usuários.”
Embora tenhamos ouvido falar ou, em alguns casos, quando crianças, tenhamos tido contato com a demência, quase nunca estamos preparados para assimilar a notícia do médico: nosso pai, mãe ou irmão está com um tipo de demência! A notícia alarma como se fosse um invasor terrível das nossas vidas; um inimigo silencioso, invisível e implacável.
“Muitas vezes, mesmo percebendo mudanças de comportamento ao longo do tempo, a família se assusta com o diagnóstico. Cada familiar reage do seu jeito às palavras do médico, que fala de uma doença neurológica progressiva, sem cura, que irá causar total dependência.” (Robbe, 2008 in http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/12.pdf)
Grande parte do choque decorre da consciência de cada membro da família de que, pro ser degenerativa, progressiva e – até hoje – incuráveis: as demências.
No Brasil “existem duas categorias de cuidador: o cuidador informal – membro familiar, esposa (o), filha (o), irmã (ão), normalmente do sexo feminino, que é “escolhido” entre os familiares por ter melhor relacionamento ou intimidade com a pessoa idosa e por apresentar maior disponibilidade de tempo. Podemos colocar neste grupo a amiga ou vizinha, que mesmo não tendo laços de parentesco, cuida da pessoa idosa, sem receber pagamento, como voluntária. O fato de ter sob sua responsabilidade o cuidado de uma pessoa idosa, não significa que possui conhecimentos básicos e indispensáveis de como cuidar de “seu idoso”. Na maioria das vezes é levada (o) pela intuição, pela emoção, sentimentos de amor, carinho. O fato de ter uma história comum com a pessoa cuidada pode tornar mais difícil e estressante realizar os cuidados. Agrava o seu desgaste, sua incerteza de estar agindo corretamente e o pouco domínio de técnicas que permitem cuidar melhor da pessoa idosa, com menor desgaste físico e emocional.
Cuidador formal é o profissional, que recebeu um treinamento específico para a função e exerce a atividade de “cuidador” mediante uma remuneração, mantendo vínculos contratuais. Ele pode ser contratado para exercer suas funções na residência de uma família, em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), ou acompanhar a pessoa idosa em sua permanência em Unidades de Saúde (hospitais, clínicas, etc.). (BORN, 2008)
O cuidador principal “refere-se à pessoa, familiar ou não, que proporciona a maior parte dos cuidados à pessoa em situação de dependência, sem receber qualquer compensação econômica” (FONSECA, 2009).
Este, em geral, “acaba por se dividir entre as responsabilidades profissionais, conjugais, sociais e familiares”. Cuidar de um familiar em fase terminal é desgastante com custos físicos, psíquicos, sociais e financeiros.
O cuidador influencia e é influenciado por aquele cuida.
“A compreensão que temos do outro já é sempre uma dimensão intrínseca do nosso modo de “ser-com-o-outro”. Isso não se aplica menos para a relação terapêutica do que para qualquer outra forma de relacionamento. O “ser-com”, por sua vez, entendido como ser ontologicamente junto aos outros homens, é inerente à constituição fundamental da existência como “ser-no-mundo”. Assim como a partir do mundo, enquanto horizonte de sentido, as coisas nos vêm ao encontro numa rede de referências que lhes dão significados, também os outros nos vêm ao encontro a partir de um contexto específico de sentidos.” (LESSA. J.M., 2008).
A partir do momento que se dispõe a cuidar, vai aprofundando a relação com aquele que cuida; para cuidar precisa compreendê-lo e para compreender precisa se expor. Aquele que cuida fortalece o vínculo pessoal com aquele que é cuidado e isso o coloca, gradualmente, numa dialética onde, descobre e é descoberto, ensina e aprende, onde afeta e é afetado. Por isso, inevitavelmente, emergirá dessa situação modificado a cada encontro.
Dependendo do repertório interno do cuidador e da significação que vier a dar essa significação poderá ser positiva, saudável e enriquecedora ou negativa,, doentia e maléfica (vide “o significado faz a diferença” abaixo)
De fato, “May (1976) afirma que “encontro é uma expressão de ser” e refere-se especificamente ao encontro que acontece na hora terapêutica, quando ‘estabelece-se um relacionamento total entre duas pessoas, que envolve certo número de diferentes níveis”. Enumera quatro níveis que constituem o encontro, a saber:
Todos esses níveis constituem um relacionamento real e, para poder atingi-los gradualmente, o cuidador deve ficar atento à manutenção do próprio bem estar; precisa criar “nichos” para cuidar de si mesmo.
Quadro 2: o bem estar do cuidador (5)
O bem estar do cuidador depende...
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Manosilapakom (2003) aponta “Os três problemas mais importantes em cuidados paliativos identificados (...) são:
A orientação e o suporte, sempre que possível, devem ser providenciados precocemente” a fim de dar resposta às necessidades individuais expressas pelo cuidador, para com o senescente / doente. E aqui é importante lembrar que, nesses casos, cuidar do cuidador é tão ou mais importante que as demandas daquele que é cuidado. Hudson, McMurray, 2002 in (FONSECA, 2009) .
Acompanhamento psicológico e aconselhamento com a rede de apoio (assistência social) são tão imprescindíveis quanto às orientações dos médicos e da enfermagem a fim de cuidar bem do senescente / doente sem adoecer.
No caso do acompanhamento psicológico, o profissional deve estar pronto para sempre tentar estabelecer com o cuidador uma profunda e honesta troca de experiências a que que também chamamos de encontro existencial, isto é, um “encontro como uma expressão de ser” onde “estabelece-se um relacionamento total entre duas pessoas, que envolve certo número de diferentes níveis” (LESSA. J.M., 2008)
O significado faz a diferença
Além disso, influencia muito o tipo do significado que atribui para essa experiência de cuidar.
Na práxis da Psicologia Clínica observo três categorias de significado: existem aqueles que entendem a tarefa de cuidar como um castigo – por erros cometidos nesta ou em vidas anteriores (2) - o que torna a tarefa de cuidar francamente negativa e penosa; existem aqueles que enxergam nessa experiência a oportunidade de reparar erros cometidos no passado – o que torna “cuidar” uma sequência de experiências positivas; existem ainda aqueles que descobrem nessa vivência como um todo a oportunidade de estabelecer um Encontro Existencial (4) com aquele que cuida, o que é altamente positivo e frequentemente descrito como uma experiência única para ambas as pessoas, guardadas as limitações funcionais e cognitivas impostas pela senescência e/ou pela enfermidade daquele que demanda cuidados.
Contudo, a depender do significado que o cuidador dá para essa vivência compartilhada, esse processo pode vir a ser – e, de fato, assim é frequentemente referido pelos cuidadores – como um tempo único e gratificante, promotor do amadurecimento e crescimento pessoal e espiritual.
Ainda assim, “destaca-se a importância da compreensão e acompanhamento por parte dos mesmos de psicólogos e enfermeiros, bem como a promoção de momentos de descanso e a elaboração de plano s de contingência para situações de crise inesperadas." Weir, 1999 in (FONSECA, 2009).
Os fatores que ajudam os cuidadores a desempenhar o seu papel são:
Prestar cuidados à pessoa em fase final da sua vida é colocar-se voluntariamente diante de pelo menos três processos psicológicos importantes, a depender da saúde mental daquele que cuida:
Ao mesmo tempo, deverá ser capaz de reunir forças para ajudar a pessoa em fase degenerativa ou terminal e também cuidar da sua saúde física e mental.
Fonseca & Rebelo (2009) apontam que “cuidar em casa de um familiar em fase terminal põe em risco a saúde e harmonia do cuidador pelas responsabilidades que acarreta.”.
“A situação de cuidar afeta cada cuidador de forma distinta, dependendo da enfermidade da pessoa que recebe os cuidados, a gravidade dessa enfermidade, a lucidez mental dela, assim como da saúde e da resistência do próprio cuidador. Aquelas pessoas, cuja saúde está mais deteriorada e são mais dependentes exigem uma carga maior de trabalho do cuidador. Mas, também, muitas outras circunstâncias que foram colocadas em destaque, no quadro seguinte, podem influenciar o bem-estar do cuidador.” Robbe, 2008 in (BORN, 2008).
.Para o êxito neste quesito, faz-se necessária especial atenção para quatro temáticas (4) cruciais:
“O cuidador familiar não deve considerar-se o único com capacidade de exercer esta função e nem que é capaz de fazê-lo sozinho. Ele precisa reconhecer seus limites e saber o momento de pedir ajuda. De outra forma, poderá sofrer da síndrome “eu tenho que fazer tudo”.
Isto ocasiona sentimentos de culpa e de raiva ao mesmo tempo. Raiva para com a pessoa idosa, por ter que sacrificar muitas vezes sua vida pessoal (marido, namorado, filhos, amigos, lazer, carreira profissional), e dos outros membros da família, por ter depositado nele (a) essa tarefa. O sentimento de culpa desponta diante da suposição de não estar cumprindo com seu papel familiar, que muitas vezes é ocasionado pela falta de conhecimento ou de informação de como lidar com a pessoa idosa. A consequência de tudo isto mais a sensação de impotência e frustração poderão desencadear um quadro de estresse e depressão, ou até levá-lo (a) a cometer alguma forma de violência involuntária contra a pessoa idosa.” (BORN, 2008).
Por sua vez, os obstáculos à preparação para ser cuidador englobam:
adaptado de (FONSECA, 2009)
Quadro 3; dicas e sugestões
Massageie os pés com as mãos, ou com rolinhos de madeira ou com bolinhas;
Quando for às compras, passeie pelo pátio antes de entrar na loja;
Ao se levantar pela manhã, alongue os músculos de todas as maneiras possíveis..., espreguice todo o corpo... Comece o dia bem...
Ao sentar-se por longos períodos de tempo, não se esqueça de reservar um tempo para intervalos de “exercícios”. Simplesmente movendo o corpo e as juntas a cada 15 minutos...
Incorpore exercícios de relaxamento ao longo do seu dia. Pratique-os quando estiver perturbado, preocupado ....
Ria várias vezes por dia. A risada é um maravilhoso exercício que envolve diversos sistemas e aparelhos do corpo.
A atividade física reduz seu cansaço , sua tensão, seu esgotamento físico e mental. SEMPRE QUE LEMBRAR, MEXA-SE ...RELAXE...
Sempre que possível, aprenda uma atividade nova, leia um livro novo, aprenda mais sobre algum assunto de seu interesse, participe das atividades de lazer do seu bairro, faça novos amigos e peça ajuda quando precisar... Torne a sua vida mais leve e saudável...
[Frequente a Academia de Ginástica] ou Procure o Centro de Saúde [ou a Paróquia] da sua área de residência e informe-se sobre as atividades corporais existentes, como Liam Gong, caminhada, [meditação Zazen], etc...
Rodizie os cuidados com outros membros da família (ou outro cuidador) para que você possa ter um período de férias.
Fonte: (GRUPO PRÓ IDOSO, 2009) colchetes meus.
Leituras complementares para o cuidador informal e para a formação do cuidador formal
No levantamento bibliográfico realizado para redigir este artigo, encontramos as seguintes obras que, pela qualidade e importância do material apresentado, entendemos serem muito importantes para a capacitação seja do cuidador informal – familiar ou amigo do idoso – e obrigatórias para os cuidadores formais ou profissionais de equipe multiprofissional que assiste a pessoa idosa. São elas:
Despedida
“Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
[...]”
(MEIRELES, 2001)
Notas:
(1) Considerando a modalidade do estilo de vida oferecido pela maioria dos centros urbanos desenvolvidos no mundo atual.
Publicado em 16/08/2020 Última atualização 17/08/2020.
Para referir
MAXIMINO, M.R, Elementos de Geriatria e de Cuidados Paliativos para Idosos. disponível em hhtp://www.marcosmaximino.psc.br acesso em dd/mm/aaaa.
BORN, T. (2008). Cuidar Melhor e Evitar a Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Brasilia: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.
FONSECA, J. R. (2009). Necessidades de cuidados de enfermagemdo cuidador da pessoa sob cuidados paliativos. Revista Brasileira de Enfermagem, disponível em https://www.redalyc.org/pdf/2670/267019462026.pdf acesso em 15/08/2020.
GRUPO PRÓ IDOSO. (2009). Manual para Cuidadores Inofrmais de Idosos. Campinas: Prefeitura Municipal de Campinas - SP - BRA.
LESSA. J.M., S. R. (2008). A relação psicoterapêutica na abordagemfenomenológico-existencial. Análise Psicológica, 3 XXIV, 393-397.
MEIRELES, C. (2001). Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Atenção à Saúde . (2006). Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. In: D. d. Básica, Cadernos de Atenção Básica - Série Normas e Manuais Técnicos. Brasiía - DF: Brasil, Ministéri da Saúde.
MORENO, J. L. (1997). Psicodrama. São Paulo: Cultrix.
WALDL, R. (2012). Raízse do Encontro na Psicterapia: influência de J.L. Moreno na Filosofia Diaógica de Martin Buber. Revista Brasileira de Psicodrama.
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