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Economia da Saúde (ES) é um ramo da Economia aplicado ao “estudo da organização, funcionamento e financiamento do setor Saúde”. Ultimamente “vem ganhando força como uma área de conhecimento específica” (FSP/USP, 2010).
Segundo a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de S. Paulo, os principais temas – as principais questões – da Economia da Saúde são:
Como se comporta o usuário de serviços de saúde? O que o faz escolher tal prestador ou tal tipo de serviço? Até que ponto o preço do serviço é fator impeditivo no uso dos serviços? Qual é a importância do tempo de espera e da distância?
Qual é o comportamento de um prestador de saúde? Como ele decide quais serviços ou produtos oferecer? Como ele decide qual tecnologia utilizar? Como as formas de remuneração afetam o comportamento do prestador?
Quais as características do mercado de serviços de saúde? O que o diferencia do mercado para um bem de consumo comum? Porque o Estado intervém na Saúde? Quais os objetivos e formas da regulamentação?
Quanto se gasta em saúde? Existe um nível "adequado" de gasto em saúde? Como são financiados os serviços de saúde públicos e privados? Quais as implicações de cada forma de financiamento? Aonde e como os recursos são alocados no setor saúde? Qual a relação entre alocação, eficiência e custo?
Quais os fatores que afetam a saúde das pessoas? Como o setor saúde se relaciona com os demais setores sociais e com os setores produtivos? Qual a sua relação com o nível de desenvolvimento de um país?
Como assegurar uma boa utilização dos recursos existentes? Como avaliar a viabilidade econômica de um programa de saúde? Qual é a "melhor" intervenção contra uma determinada doença? Como avaliar se um programa "vale o dinheiro gasto"?
Como são estruturados e organizados os serviços públicos e privados de saúde? Existem formas de organização melhores do que outras? O que é o "Managed Care"? O que determina o custo de um serviço? Como é possível controlar esse custo?
O que é uma reforma do setor saúde, e quais são seus objetivos? O que os diferentes países tem feito para reformar seu setor saúde? Qual o papel da eficiência e do custo nas reformas sanitárias?”
Para estas questões, os modelos e instrumentos da ES são de grande auxílio na análise e equacionamento, permitindo:
Isto é necessário por que os recursos financeiros, por mais vultosos que sejam, serão sempre são finitos; a demanda da Saúde tende ser sempre maior que os recursos disponíveis; a carência de recursos implica em s escolhas e, cada escolha implica na perda do lado contrário desta, de forma que precisamos determinar de onde e de que forma devemos aplicá-los para obter o máximo de eficiência para o setor e, finalmente, existe um crescente aumento da demanda para tratamento de doenças, em particular das Doenças Mentais, pois:
Diante desse quadro, “gestores são frequentemente instados a escolher quais decisões serão viáveis antes que os resultados de estudos prospectivos estejam disponíveis. Nestas circunstâncias, avaliações econômicas podem usar modelos técnicos para avaliar possíveis impactos em ambos os custos e variáveis.” (Knapp, 1995:33)
Ao trabalhar em Economia da Saúde, devemos nos perguntar “- Sob qual ótica desejamos trabalhar?”, pois existem várias perspectivas possíveis, a saber:
Assim, trabalhar incluindo conceitos da Economia da Saúde, ou seja, procurando estabelecer, de forma cientificamente orientada, soluções que visam otimizar a aplicação dos recursos financeiros, a eficácia e o lucro (ou disponibilidade) financeira é sempre buscar um equilíbrio “ótimo” – ou, pelo menos, “o melhor possível”– em um complexo espectro, que é composto por um determinado ponto de vista, conciliando interesses que vão desde o doente e seus familiares até o ponto de vista das políticas públicas da saúde.
Ações desse tipo permitem assertividade nas decisões, aumento da eficiência e conseqüente, economia de recursos.
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Para Referir: Maximino, M.R. in internet http://www.marcosmaximino.psc.br. Acesso em dd/mm/aaaa
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Publicado em 24/08/2010 Atualizado em 24/08/2010
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