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ientistas da Universidade de Northweastern (USA) desenvolveram um exame clínico (de sangue) que é capaz de diagnosticar depressão ao medir níveis dos biomarcadores (marcadores que estão nos genes) ADCY3, ASAH1, AtP11C, DGKA, FAM46A, IGSF4A/CADM1, KIAA1539, MARCKS, PSME1, RAPH1 e TLR7 associados à presença da doença.
Este estudo, feito na Universidade Northwestern - Estados Unidos, e publicado, nesta terça-feira, na revista científica Translational Psychiatry, foi feito com 64 pessoas de 21 a 79 anos, metade delas com depressão. Primeiro, os pesquisadores realizaram um exame de sangue nos participantes e identificaram nove marcadores de RNA cujos níveis eram significativamente diferentes entre os indivíduos com e sem depressão. Depois, os voluntários com depressão foram submetidos a um tratamento contra a doença (Psicoterapia Cognitivocomportamental) Ao longo das 18 semanas seguintes, a equipe mediu os níveis dos nove marcadores descritos acima entre os sujeitos da pesquisa (voluntários). Descobriram, então, que os níveis mudaram ao longo do período, e que essa alteração estava relacionada com a eficácia, ou não, do tratamento contra a doença.
Diagnóstico — Até então, o método de diagnóstico do Transtorno Depressivo era subjetivo, pois se baseava em sintomas não específicos, como fadiga e mudança de apetite, que podem ser aplicados a diversos problemas físicos e mentais. Esse diagnóstico também depende da habilidade do paciente em reportar seus sintomas e a do médico em entendê-las. "Saber quais são os pacientes mais suscetíveis à doença permite que nós o monitoremos com mais atenção. Além disso, podemos considerar uma dose de manutenção de antidepressivos e de psicoterapia contínua para diminuir a severidade de um episódio futuro ou prolongar os intervalos entre um e outro", diz Mohr, um dos autores do estudo.
Como, atualmente, o diagnóstico da Depressão é feito de forma subjetiva, através do relado do paciente na entrevista com o Psicólogo, Psiquiatra ou Assistente Social, não é raro que o doente minimize os sintomas e seus reais sentimentos (o que, em si, faz parte dessa doença): devido à queda de uma substância chamada Dopamina no cérebro do indivíduo deprimido, ele tem um sentimento de "miséria emocional", diante do qual o paciente frequentemente tem vergonha do médico por se sentir tão fraco, preguiçoso ou com desejo de se matar.
O estudo, que mediu a variação desses marcadoresem sujeitos com primeiro episódio de Depressão, concluiu que,destes, três deles, ASAH1, ATP11C e KIAA1139 são capazes de distinguir quais indivíduos tinham depressão daqueles que não tinham, mas estavam profundamente tristes mesmo depois do tratamento, neste caso, somente a psicoterapia; não foi usado medicamento antidepressivo durante o experimento. Assim sendo este novo método, que independe das crenças, sentimentos ou vergonhas do paciente, poderá, no futuro, ajudar os profissonais da Saúde Mental descobrir quais pessoas estão profundamente tristes daquelas que estão cokm a Doença Depressiva.
O método poderá também ajudar Médicos e Geneticidstas a verificar quem tem maior predisposição à depressão ou se determinado tratamento será eficaz para o seu paciente.
(Para ler o artigo científico em PDF, clique aqui)
Autores: EE Redei, BM Andrus, MJ Kwasny, J Seok4,5, X Cai J Ho3,4 and DC Mohr
Fonte: Transl Psychiatry (2014) 4, e442; doi:10.1038/tp.2014.66 Redel, E.E. Blood transcriptomic biomarkers in adult primary care patients with major depressive disorder undergoing cognitive behavioral therapy. dsponível em Transl Psychiatry (2014) 4, e442; doi:10.1038/tp.2014.66 acesso em 18/09/2014.
Para referir: MAXIMINO, MR . Exame de Sangue para Diagnosticar Depressão . disponível em www.marcosmaximino.psc.br/marcosmaximino/acesso em dd/mm/aaaa.
Publicado em : 18/08/2014 ; atualizado em: 19/09/2014
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