PSICOTERAPIA é "um tratamento embasado nos conceitos da Psicologia ou da Psiquiatria que se faz com a ajuda da comunicação humana."²⁰

Existem vários tipos de psicoterapias, cujas origens remontam à Grécia Antiga: o médico grego Hipócrates (400 a.C.) propôs a "teoria dos quatro temperamentos" e, mais tarde, Aristóteles (384 -322 a.C.) em seu escrito "Acerca da Alma", já se ocupava de quase todos os problemas que ainda hoje nos ocupam, interessando-se pela questão dos fundamentos biológicos da vida anímica e do desenvolvimento anímico.

Desde então, passamos por Santo Tomás de Aquino (1225 -1274), que considerava a "mania", a "melancolia", a "epilepsia", a "histeria" e o "delírium" como "versanias de origem natural"¹⁴; por J.A. Comenius (1592 - 1670) que postulou a psicologia da aprendizagem; por Rousseau, (1712 - 1778) com a afirmação de que "a vida possui felicidade em si mesma e não é somente uma preparação para o além"¹⁵.

Mais adiante, Ph. Pinel (1745 - 1826) libertou o doente mental da sua condição de "reprovado social" para enquadrá-lo na condição de "doente"¹²; E. Bleuer observou e distinguiu a "Schizophreno"; Sigmund Freud (1856 - 1939) criou a "Psychoanalisis".

Depois, W. Wundt, fundou o 1º Laboratório de Psicologia; I. Pavlov (1849 - 1936) teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento de respostas do organismo e, mais tarde, J. B. Watson (1878 - 1958) mediria de forma "objetiva" estas respostas criando assim o Behaviorismo do qual Edward L. Thorndike, foi um dos precursores, ao criar uma teoria a qual afirma que o comportamento de todo animal, inclusive o homem, tende a se repetir, se for recompensado (reforço positivo) ou se for capaz de eliminar um estímulo aversivo (reforço negativo) assim que emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (punição) após sua ocorrência. ainda mais tarde B. F. Skinner (1904 - 1990) em oposição, criou o Behaviorismo Radical, cuja base filosófica é a Análise do Comportamento.

Partindo do Behaviorismo Radical, Albert Bandura (1977)   acredita que o ser humano é capaz de aprender comportamentos sem sofrer qualquer tipo de reforço. Para ele, o indivídio é capaz de aprender também através de reforço vicário, ou seja, através da observação do comportamento dos outros e de suas conseqüências, com contato indireto com o reforço. Entre o estímulo e a resposta, há também o espaço cognitivo de cada indivídio.
Não se deve deixar de citar também Aaron Beck, que criou a Terapia Cognitiva a partir do modelo cognitivo da depressão ao longo da década de 1960, fruto de suas observações de pacientes deprimidos: "Beck não encontrou evidências sustentando que a depressão resultasse da raiva voltada contra o "Self". Em vez disso verificou no conteúdo dos pensamentos e dos sonhos desses pacientes uma tendência para interpretar os acontecimentos de forma negativista"¹¹

Como se pôde ver acima, muito se evoluiu em termos de conhecimento e técnica a partir da preocupação dos antigos gregos com as "afecções da psiché".

Em um artigo publicado em 1.999, Schetatsky e Fleck⁸ citaram que somente quatro delas apresentaram os melhores resultados em testes realizados durante pesquisas científicas ligadas ao tratamento de depressões ao longo dos últimos 10 anos. São elas: as Psicoterapias Cognitivo-comportamentais, a Psicoterapia Interpessoal e a Psicoterapia Psicodinâmica Breve. Pesquisas citadas neste artigo mostram eficácia do tratamento agudo da depressão através de Psicoterapia Comportamental aliada ao tratamento farmacológico, no caso, realizado com uma substância chamada Imipramina.

Por último, não poderíamos deixar de citar a Martin Selliman³¹ que em 2006 propôs a Psicologia Positiva e também José Roberto Leite²⁹, da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, que propõe a Medicina Comportamental, que é um conjunto técnicas e de instrumentos, dentre eles a psicoterapia cognitivo-comportamental, a meditação e o “life coaching” capazes de tratar transtornos mentais.