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Jogos para Qualidade de Vida

Sementes, Flores e Frutos para uma Vida Melhor.

“Ai palavras, ai palavras / Que estranha potência a vossa.” (Cecília Meireles )

 

9. DIÁLOGO SOCRÁTICO (O diálogo Produtivo)

 
Para crianças de 0 a 02 anos de idade

Exercicio 9.1

Objetivo, Material e Método
Neste período do desenvolvimento, uma criança adquire habilidades e faz adaptações do meio ambiente para si, construindo os esquemas mentais que organizam a informação captada pelos sentidos – audição; tato; paladar e visão – para desenvolver os comportamentos que irão adaptá-la ao meio. No entanto, seu amadurecimento encefálico e psicológico ainda não é suficiente para que tenha qualquer representação semântica, cognitiva ou conceitual do comportamento ou mesmo do ambiente externo. Apresenta comportamentos dirigidos a pessoas e objetos – os quais, para a criança são a mesma coisa – desde que tenha alguma intenção.
Em termos práticos, isto quer dizer que a criança tomará as pessoas e coisas  significantes que estão imediatamente ao seu redor como modelos para se adaptar ao meio,  os quais tenderá a imitá-los em fases posteriores do seu desenvolvimento.
Assim, se os pais e os professores praticarem o diálogo genuíno; se os pais se dirigirem à criança dialogando entre si  diante dela e conversando – com ela inclusive –  como um membro da família, mesmo que ela ainda não seja capaz de estabelecer um diálogo verdadeiro isto servirá como modelo para que a criança construa a habilidade de dialogar mais adiante.
Instruções

  1. Abaixe-se converse com palavras positivas.
  2. Respeite o ritmo de cada criança.
  3. Saiba dizer “não” quando necessário e lembre-se sempre que não existe meio “meio não”; por isso, antes de dizê-lo, certifique-se que é “não” mesmo e sustente sua proibição até o fim.
  4. Dirija-se à criança sorrindo; dirija-lhes palavras de conteúdo positivo com o coração alegre.

Para crianças de 02 a 7-8 anos de idade

Exercício 9.2

Objetivo, Material e Método
Neste período, a criança está desenvolvendo internamente sua cognição: desenvolve leis e relações. Começa imitando e, gradativamente, organiza suas idéias em esquemas denominados estruturas variáveis que se interrelacionam nos aspectos motores, intelectuais e afetivos (Ferracioli, 1999). “A criança está sujeita a cair em contradições evidentes; pode em certo momento, dizer que A é maior que B, e, um momento depois, dizer que B é maior que A, sem compreender que as duas afirmações são incompatíveis.” (Baldwin, 1973).
Instruções

  1. Sendo assim, evite apontar as incongruências ou contradições de maneira rígida ou exigente; nunca ridicularize a criança. Enalteça seus acertos e suas capacidades, por mínimas que sejam; diga coisas que você nunca disse;exalte cada pequeno gesto afetivo e inteligente.
  2. Pergunte sobre seus sonhos e seus medos; o que você poderia fazer para ser mais amigo; auxilie a criança a aprender a refletir.
  3. Demonstre humildade e humanidade sabendo  pedir desculpas quando estiver errado.

Para crianças de 8 11-12 anos de idade

Exercício 9.3

Ler & interpretar histórias

Objetivos:  promover o diálogo e a proximidade afetiva  entre adultos e crianças; suporte emocional.´(O conteúdo a ser trabalhado depende do tema da história escolhida.)

Material: contos infantis. Sugerimos  os livros infantis  e as “dicas” de leitura do projeto Ler Faz Crescer da fundação Itaú Cultural. (material gratuito).

Para acolescentes de 11 a 15 anos de idade

Exercício 9.3

Bazar  de Trocas I

(Fonte: Yozo, 1996)

Objetivos: estimular o diálogo; trabalhar valores e crenças pessoais.

Material:  Tirinhas de papel, canetas esferográficas.

Instruções:
Diretor: “- Vou distribuir uma caneta e várias tirinhas de papel.
Em cada uma delas, anote qualidades e defeitos.”
O Dir monta um contexto como se fosse um bazar.
Nesse bazar, há  de tudo, mas nada pode ser vendido; só trocado.
Os participantes montam suas “bancas” e saem  trocando as tirinhas de papel até se sentirem “satisfeitos” com as aquisições.
Comentários.

Exercício 9.4

Está em suas mãos

Material: folhas impressas  com a fábula abaixo (uma para cada participante); cronômetro para o  Diretor controlar o tempo.

  1. Adolescentes sentados em círculo; Dir e Ego fora do círculo.
  2. Leiam em silêncio o texto abaixo;

 

“Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e inteligentes.
Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder,outras não fazia a mínima idéia da resposta.
Como pretendia oferecer a melhor educação para suas filhas, enviou -as para passar as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina.
Este, por sua vez, respondia todas as perguntas sem hesitar.
Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder.
Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a sua irmã:
- Dessa vez o sábio não vai saber a resposta!
- O que você vai fazer? - perguntou a outra menina.
- Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar para o sábio se a borboleta está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar para o céu. Se ele disser que ela está viva,vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e assim matá-la. Como conseqüência, qualquer resposta que o velho nos der vai estar errada.
As duas meninas, como se vê, não estavam interessadas em aprender mas... somente desejavam diversão fácil... Foram, então, ao encontro do sábio, que se encontrava meditando sob um  eucalipto na montanha.
A menina aproximou-se e perguntou:
- Tenho aqui uma borboleta azul.
Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você... ela está em suas mãos.”

(Fonte: Internet; autor desconhecido)

  1. Respondam individualmente as perguntas abaixo:
    1. Por qual razão as pessoas costumam fazer muitas perguntas quando são jovens? Isso é bom ou não? Por quê?
    2. Por que o pai mandou as meninas encontrarem o velho sábio?
    3. O que permitia ao velho  ser capaz de responder sem hesitar todas as perguntas? Justifique.
    4. Se você tivesse a oportunidade que as meninas tiveram, você ficaria feliz ou ficaria triste?
  2. Troque com o colega que está à sua direita e comente com ele suas respostas. Ouça e também comente as respostas dele.

 

  1. Dir. e Ego circulam pelo grupo promovendo diálogo entre as duplas até que cheguem às respostas corretas.

Respostas corretas:

    1. Por que tem menos experiência que os mais velhos;
    2. Por que queria que as filha aprendessem o que ele não sabia responder;
    3. Sua sabedoria; sua vivência
    4. Opinião pessoal. O Ego esclarece para as duplas que uma opinião deve ser respeitada.
  1. Dir:

 – Agora vamos responder todos juntos para o grupo todo, a seguinte pergunta:

“– Em sua opinião, a atitude das meninas - desafiar o velho sábio - foi correta ou foi errada?

  1. Ego estimula que cada um coloque no grupo a sua opinião. (Se possível, tentar chegar a um consenso, mas isto não é necessário.)
  2. Dir encerra comentando que, para esta última pergunta não existe resposta certa ou errada, por se tratar da opinião de cada um

Para adolescentes de 15 anos em diante.

Exercício 9.5

DINÂMICA: GOSTO DE VOCÊ

Material: Aparelho de CD – música clássica (suave); papel, borracha e lápis, para cada participante.
Cada folha de papel deverá ter escrito:

 

Nome: _______________________________________Data  ___/___/___

Gosto de você porque_____________________________

 

Objetivo: Exercitar a capacidade de enxergar a nobreza do ser humano; ver as qualidades de cada pessoa.

Instruções

  1. O Diretor distribui os textos entre os participantes e solicita que leiam fazendo um breve comentário.
  2.  O Dir  acrescenta que vamos então fazer um exercício prático.
    Distribui a folha de papel para cada participante e pede que cada um escreva o seu nome no alto da folha.
  3. Em seguida, cada participante deve passar a sua folha para o colega, que deverá escrever uma qualidade da pessoa cujo nome está escrito na folha.
  4. Este procedimento é repetido à medida que os papéis vão passando de mão em mão, e todos vão escrevendo uma qualidade para cada pessoa.
  5. Quando a folha de cada um retorna às suas mãos, um por um, cada participante lê as qualidades que os seus colegas lhe atribuíram. Outra opção, é pedir que a pessoa ao lado leia as qualidades escritas na folha do seu amigo, e vice-versa.
  6. Comentários

Exercício 9.5

DINÂMICA: QUALIDADES

(Fonte: Dinâmicas de Grupo.com)

Objetivos: Ressaltar os pontos  positivos do indivíduo.
Material: Folhas de papel em branco. Alfinetes. Música bem animada.
Desenvolvimento:

Instruções
• Cada participante recebe uma folha em branco, onde deverá escrever seu nome no centro, no alto da folha. Abaixo do nome  deve estar escrito: “É uma pessoa...
• Convida-se o grupo a refletir sobre as próprias qualidades.
• Depois que cada um escreveu suas qualidades em silêncio, entrega-se a todos um alfinete para que prendam a folha às costas.
• Em seguida, todos vão percorrendo a sala, ao som da música, e lendo os valores uns dos outros e acrescentando na listagem do companheiro alguma qualidade que se possa atribuir a ele.
• Depois todos retiram o papel das costas e vão ler o que os colegas acrescentaram. Pode-se fazer trocas e uns lerem as folhas dos outros.
• No final, avaliar o que a dinâmica trouxe de novo, em termos de sentimento, experiência e conhecimento.

Exercício 9.6

Família Vende Tudo

 

Objetivos: conceito “virtude”; valores e crenças pessoais; diálogo interpessoal; capacidade de negociar.
Material: Tirinhas de papel, canetas esferográficas.

Instruções

Diretor: “- Vou distribuir uma caneta e várias tirinhas de papel para cada um de vocês.
Em cada uma delas, anote uma qualidade sua, em uma palavra.
Escreva  o máximo tirinhas que você lembrar sobre si mesmo . Não seja modesto!”
Dir. sorteia, dentre os participantes, quem será o “pai”, a “mãe” um “filho”, uma “filha” e um “bebê”.
Este será um grupo - uma família - que vai vender suas virtudes.
Os demais, irão visitar cada um dos membros da família para comprar suas virtudes usando como moeda suas qualidades.
Montagem do contexto:
O Ego estabelece – em grupo – qual virtude cada um da família estará disposto a “colocar  à  venda”, isto é,  sentando-se junto com a “família”, deixará claro quais as virtudes que são inegociáveis e quais virtudes serão colocadas à venda.
O Dir. senta-se com os demais do grupo, em círculo e vai clarear com cada participante “comprador”  o que exatamente quer dizer cada qualidade e quanto ela vale. (P. ex. “honestidade vale $ 100,00 dinheiros; “pontualidade” vale $ 20,00 dinheiros e assim por diante.) anotando nas respectivas tirinhas de papel; estabelecendo uma ideia de “valor” para cada qualidade, como se fossem cédulas.

Usando as tirinhas como moeda corrente, os compradores irão se dirigir à família para fazerem suas aquisições.
Comentários (nesta sequencia)
A família faz a contabilidade das vendas;
Cada um dos compradores fala das suas “aquisições”.
Ego e Dir. (nesta ordem) fazem os comentários finais.

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Fonte(s):

ANDREWS, S. (2003). Stress a seu Favor. São Paulo: Ágora.
BALDWIN, A. L. (1973). Teorias do Desenvolvimento da Criança. São Paulo: Pioneira.
BARROSO, P. (2010). Dinâmicas para Sala de Aula. São Paulo, SP, Brasil.
BUBER, M. (1974). Eu e TU. São Paulo: Moraes.
CARDOSO, R. (2005). Medicina e Meditação. São Paulo: MG Editores.
COBRA, N. (2000). A Sememte da Vitória. São Paulo: SENAC.
FERNANDES, P. (2002). Nhô Totico o Homem das Mil Vozes. Campinas: Corporativa.
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Publicado em 15/09/2011. Atualizado em 15/09/2011.





Para referir: MAXIMINO, M.R., 2011. Jogos para Qualidade de Vida. disponível em internet: http://www.marcosmaximino.psc.br. Acesso em dd/mm/aaaa
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